
Conta-se
que o grande teólogo Tomás de Aquino visitou Roma e teve uma audiência com o
Papa Inocência II. Aquino ficou surpreso com a opulência do Vaticano naquele
dia. Isso aconteceu antes da construção da Basílica de São Pedro, mas, mesmo
assim, era uma sede gloriosa para a igreja, repleta de riquezas, e o papa
estava um tanto orgulhoso das riquezas da igreja.
Foi
naquele cenário que o Papa Inocêncio II disse àquele renomado teólogo da
igreja: "Já
não podemos dizer, 'Não temos prata nem ouro'. Tomás de Aquino olhou para o Papa e disse:
Talvez seja por isso que não podemos mais dizer: 'Levanta-te e anda!'".
Conquanto
a fala de Tomás de Aquino tenha caído como uma bomba, naquele momento da história,
ainda assim, precisamos entender que não foi o dinheiro nem a opulência da
igreja que a impediram de cumprir a sua vocação, antes, isto aconteceu porque a
igreja se desviou da Palavra de Deus. Além disso, precisamos entender que as
curas operadas pelos apóstolos, no início da Igreja Cristã, tinham alguns
objetivos: Testemunhar
que eles foram enviados como embaixadores de Jesus; testificar que a palavra do Senhor estava se cumprindo na vida daqueles homens e mostrar que a recém-nascida Igreja Cristã era uma testemunha fiel do Senhor Jesus.
Lendo
Atos 3.1-10 e entendendo o propósito do Senhor quando o coxo, da porta Formosa
do templo, foi curado, ainda assim, precisamos refletir se nós temos fé para
dizer a um paralítico: "Em
nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta e anda" e se temos fé para lidar com o não do Senhor às nossas
orações? Afinal, o Senhor pode dizer não à oração mais apaixonada, pois Ele não
tem a obrigação de atender os desejos do nosso coração nem o mais legítimo
deles e quando Ele o faz, isto acontece porque servimos a um Deus
misericordioso e gracioso e não um Deus devedor.
Pr.
Calvino Rocha