Na última
terça-feira, estudamos o capítulo 5 do segundo livro dos Reis onde encontramos
a história do general Naamã, comandante do exército da Síria. Naamã era um
homem vitorioso, respeitado pelo seu rei, afinal,
sob a sua liderança, o Senhor dera vitória à Síria. Além disso, ele era
conhecido como um herói de guerra
(II Rs 5.1), porém, o cronista nos dá conta de que por debaixo daquele uniforme
e por trás daquele currículo, Naamã tinha um grave problema de saúde, ele era leproso,
o que, naquela época, era uma sentença de morte.
De
acordo com o relato bíblico, certo dia, as tropas da Síria deixaram as terras
de Israel e levaram cativa uma menina que ficou servindo na casa de Naamã. Convivendo
com a família daquele general, a menina hebreia percebeu que, por debaixo do uniforme,
Naamã tinha um sério problema e ela sabia que o profeta Eliseu poderia curá-lo
da lepra, por isso, ela anunciou à esposa daquele general que problema do seu marido
tinha solução - (II Rs 5.3).
O que
chama a atenção no relato bíblico é saber que aquela menina se tornara “escrava”
de Naamã, ou seja, ela fora levada para Damasco depois de uma guerra entre a Síria
e Israel e, mesmo assim, em vez de revolta, em vez de alimentar um desejo de
vingança, ela decidiu agir com graça e misericórdia, tanto que apresentou à sua
senhora uma solução para o grave problema de saúde de Naamã. Note que aquela
menina não sabia, mas a sua atitude redundou na cura física de Naamã e, fundamentalmente,
na conversão do comandante do exército do rei da Síria.
Aprendo
com aquela menina que, os servos de Deus, que são portadores de uma boa notícia,
não podem sonegá-la, ou melhor, os servos de Deus, que são portadores da
boa-nova do Evangelho, não podem deixar de anunciá-la, antes, ao perceberem que
os outros vivem chagados pela "lepra" do pecado e seguem pelo caminho
da perdição, eles precisam se levantar como instrumentos de vida anunciando que
Cristo é a solução.
Pr.
Calvino Rocha