Categoria: Artigos
Data: 03/12/2023
Recentemente, contei um pouco da experiência do pastor Luterano Dietrich Bonhoeffer que viveu na Alemanha durante o regime Nazista de Adolf Hitler. Por não ter se calado diante das atrocidades daquele regime, Bonhoeffer foi preso em 5 de abril de 1943 e permaneceu detido por dois longos anos.
Segundo um oficial da Inteligência Britânica chamado Payne Best, que conviveu com aquele pastor: "Bonhoeffer, foi um dos poucos homens que conheci para quem o seu Deus era real, e estava sempre junto com ele..." Dois anos depois da sua prisão, Bonhoeffer e outros prisioneiros foram transferidos, de trem, para uma pequena vila da Bavária, onde permaneceu até o dia 9 de abril de 1945. Ali num campo de prisioneiros, ele teve a oportunidade de celebrar a Páscoa com os outros presos, no entanto, pouco tempo depois daquela memorável celebração, dois membros da Gestapo levaram Bonhoeffer para o local onde seria morto.
Bem cedo, na manhã do dia 9 de abril de 1945, Bonhoeffer foi enforcado no campo de extermínio de Flossenbürg. O médico do campo, que testemunhou a execução, se lembra de ter visto Bonhoeffer ajoelhar-se e orar antes de ser levado à forca. O médico afirmou: “Eu fiquei profundamente comovido pela maneira como aquele homem amável orava: tão devotado e tão certo que Deus ouviria sua oração”. O médico escreveu: “Naquele lugar de execução, ele novamente fez uma pequena oração e então subiu os degraus para a forca; corajoso e sereno… Nos quase cinqüenta anos em que trabalhei como médico, creio que jamais vi um homem morrer tão completamente submisso à vontade de Deus”.
Enquanto lia os testemunhos do militar britânico e do médico que acompanhou a morte de Dietrich Bonhoeffer, fiquei me perguntando sobre como enfrentarei o último suspiro. Será que o farei com resignação, em oração e com tranquilidade? O desejo do meu coração é que a minha partida não seja motivo de escândalo, mas que ela possa inspirar as pessoas como aconteceu com Dietrich Bonhoeffer, um homem para quem Deus era real.
Pr. Calvino Rocha