Aquele jovem experimentou uma genuína conversão quando
conheceu o Senhor Jesus e foi tomado por uma grande alegria, ele ficou tão
mexido com o que Jesus fez na sua vida que não se continha queria celebrar
aquele momento.
Diante daquela experiência, o jovem decidiu ter uma conversa
franca com o seu pai, que era um cristão, sobre algumas questões que lhe
perturbaram: “Pai, por que o senhor nunca falou de Cristo pra mim e por que o
senhor nunca me levou a uma reunião especial de jovens da sua igreja?” e como se
aquelas perguntas não fossem suficientes, o jovem insistiu na sua inquirição e
perguntou: “Pai, por que o Senhor não louva a Deus? Por que não lhe vejo
cantando sobre Jesus? Por que o senhor não vai aos cultos na igreja?” Diante
daquele bombardeio de perguntas, o pai olhou para o filho e respondeu com
indiferença: “Não estou empolgado com nenhuma dessas doutrinas, estou bem como
estou”.
A atitude daquele pai revela que ele era um cristão nominal,
não um homem transformado pela graça salvadora, afinal, pessoas que foram
alcançadas pelo evangelho de Jesus se tornam semelhantes aos membros da igreja
de Tessalônica que ficaram conhecidos por serem amorosos, fiéis,
evangelizadores e que confiavam no Senhor, mas que, a despeito disso, foram
desafiados pelo apóstolo Paulo a progredirem cada vez mais na vida cristã.
O termo grego para “progredir”, usado pelo apóstolo Paulo,
significa: “Se desenvolvam”, “transbordem”, “abundem”. O apóstolo Paulo
esperava que os tessalonicenses excedessem, ou seja, eles não deveriam se dar
por satisfeitos em ser quem eram, deveriam ser ainda mais comprometidos com o
Senhor Jesus.
Conhecendo um pouco da experiência daquele filho e daquele
pai, espero sinceramente que todos nós sejamos como aquele jovem convertido que
foi tomado por grande emoção e alegria, ou que sejamos semelhantes aos
tessalonicenses e cresçamos no conhecimento e na graça de Cristo Jesus, mas,
que não nos demos por satisfeitos com qualquer sinal de frieza espiritual,
afinal, não podemos ser apenas cristãos nominais.
Pr. Calvino Rocha