Categoria: Artigos
Data: 18/06/2023
O título que encima este pequeno texto parece uma contradição, afinal, lendo o capítulo dois da magnífica carta escrita pelo apóstolo Paulo aos filipenses, somos desafiados a viver como Jesus: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz"- (Fp 2.5-8). 

Por favor, não entenda a expressão orgulho como sinônimo de empáfia, soberba ou altivez, antes, entenda-a como alegria de ser quem somos sem termos vergonha da nossa identidade. Na última semana, o movimento LGBTQIA+ promoveu a chamada Parada do orgulho LGBT quando vários eventos tiveram lugar no país e por maior que ainda seja o estranhamento da sociedade diante de um evento como este, ainda assim, os homossexuais saem às ruas para falar com ousadia e muitas vezes de forma agressiva sobre quem eles são, o que eles defendem e o que eles exigem. 

Enquanto refletia sobre o que aconteceu no último final de semana, me lembrei de que muitos crentes não sentem "orgulho" de terem sido alcançados pela graça, ou seja, eles deveriam sentir uma alegria indizível por terem sido salvos pelo Senhor Jesus, mas, infelizmente, muitas vezes eles preferem agir como se não fossem quem dizem ser. No culto público eles defendem o purismo, eles defendem as verdades fundamentais, eles defendem uma liturgia Cristocêntrica, mas, no dia a dia, eles vivem como se a sua fé fosse um apêndice e não a essência da sua existência. 

Entendo que a Igreja do Senhor deve sentir uma alegria tão grande da sua condição em Cristo Jesus que ela não pode se esconder como se fosse um patinho feio ou como se tivesse vergonha da sua identidade, antes, a Igreja do Senhor precisa ter a coragem de mostrar a sua cara, de testemunhar da sua fé, de anunciar o Evangelho, mesmo que nem todos nos aceitem, mesmo que nem todos nos tolerem, ainda assim, precisamos ter orgulho de quem somos em Cristo Jesus. 

Pr. Calvino Rocha

Autor: Igreja Presbiteriana de Campina Grande   |   Visualizações: 47 pessoas
Compartilhar: Facebook Twitter LinkedIn Whatsapp

Deixe seu comentário