Categoria: Artigos
Data: 17/11/2024
James Boice, no seu livro "O Evangelho da graça" conta uma história muito curiosa passada nos idos do século XIX e que retrata o caráter do ser humano, que deseja ter um espírito livre e independente.
Em 1897, o ano do jubileu em honra à rainha Vitória, quando a Inglaterra estava no auge de seu poder colonial e os governadores do império haviam retornado a Londres em seus imponentes navios para um longo verão de auto-felicitação, pediram que Rudyard Kipling, o mais conhecido e popular poeta britânico, escrevesse um verso para a ocasião. Ele escreveu um poema vigoroso, começando assim:
Deus de nossos pais,
conhecido dos antigos,
Senhor de nossa distante
linha de batalha,
Debaixo de cuja
terrível mão mantemos
Domínio sobre palma e pinha –
Senhor Deus Poderoso,
seja ainda conosco,
Para que não esqueçamos
– para que não esqueçamos!
Curiosamente, o “Recessional 1897” de Kipling não foi apreciado pelos ingleses. A opinião na época foi de que aquele poeta deixara de ser laureado poeta da nação porque ousou lembrar aos seus compatriotas que o sucesso terreno vem apenas de Deus, que Deus não deve ser esquecido e que eles deveriam ser devotamente agradecidos. Mas, segundo James Boice, ninguém queria pensar daquela maneira em 1897.
Se na Inglaterra Vitoriana de 1897, ninguém queria pensar em Deus como autor e sustentador de todas as coisas, o que dizer do século XXI? Lendo as palavras escritas por Rudyard Kipling, aprendo que, se quisermos chegar a algum lugar, carecemos da graça de Deus, afinal, Ele é o Senhor sobre todas as coisas e tudo vem Dele, a Ele, pois, seja a glória!
- Pr. Calvino Rocha