
Hoje celebramos a Páscoa e para entendermos essa maravilhosa data, precisamos visitar o Antigo Testamento, pois ali encontramos as raízes dessa magnífica festa.
Lendo o livro de Êxodo, descobrimos o que aconteceu na primeira Páscoa. Os hebreus se encontravam no Egito em sofrimento quando oraram e pediram que o Senhor os livrasse e Deus ouviu a oração do seu povo e enviou Moisés para libertá-lo do jugo egípcio.
Obedecendo ao Senhor, Moisés foi conversar com Faraó pedindo que libertasse os hebreus, mas o rei do Egito não quis atender ao pedido feito por Moisés, por isso Deus enviou as famosas dez pragas: As águas se tornaram em sangue; a praga das rãs; a praga dos piolhos; a praga das moscas; a peste nos animais; a praga das úlceras; a chuva de pedras; a praga dos gafanhotos e a praga das trevas e, mesmo assim, o rei do Egito não quis libertar os hebreus, até que o Senhor enviou a 10ª praga que seria a morte dos primogênitos.
Para serem protegidos daquela praga, os hebreus deveriam matar um cordeiro e passar o seu sangue nas ombreiras das portas, para que o anjo da morte não tocasse nos seus primogênitos e todos os que estivessem dentro daquela casa, marcada pelo sangue do cordeiro, estariam protegidos – (Êx 12.21-23). Só depois da décima praga, os hebreus foram autorizados a deixar o Egito.
Precisamos entender que nós não celebramos a Páscoa judaica, afinal, ela apenas apontava para a Páscoa Cristã e apontava para aquilo que aconteceu na cruz. Na primeira Páscoa judaica um cordeiro foi morto e os hebreus que se encontravam na casa marcada pelo sangue do cordeiro estavam protegidos. Toda vez que a Páscoa era celebrada, entre os hebreus, cordeiros eram mortos, como um lembrete daquele antigo acontecimento. Na Páscoa Cristã, Jesus, o Cordeiro de Deus, morreu uma única vez, o justo pelos injustos e o seu sangue é suficiente para salvar pessoas de todo o mundo em todas as eras.
A Páscoa Judaica falava sobre a libertação do Egito, no entanto, a Páscoa cristã que aponta para a cruz ensina-nos que morte de Jesus pode libertar o ser humano do poder e da culpa do pecado, aproximando-o de Deus Pai.
Além disso, toda vez que a igreja celebra a Santa Ceia, ela traz à nossa memória a nossa Páscoa e anuncia o que aconteceu no Calvário, onde Jesus derramou o seu sangue para salvar pessoas de toda raça, tribo e nação e isso deve nos alegrar, nos fazer gratos e cheios de esperança, afinal, o Cordeiro de Deus que foi morto, ressuscitou, aleluia! Feliz Páscoa!!
- Pr. Calvino Rocha