Categoria: Artigos
Data: 15/09/2024

Eu era um pré-adolescente que amava demais a minha mãe, por
isso mesmo tinha medo de perdê-la cedo. Lembro-me de uma ocasião que inquieto
com a possibilidade de um dia perder a minha mãe, decidi orar e orei e chorei na
presença do Senhor, pedindo que ele não levasse minha mãe antes de mim, afinal,
na minha tenra idade, tinha certeza de que não suportaria a dor de ver a minha amada
Esther partindo. Ainda me lembro da dor que senti naquela noite.



O tempo passou e eu cresci, amadureci um pouco mais e aos 21=
anos de idade vi minha mãe partindo. Era uma véspera de Natal e, naquele dia,
entendi, por mais doloroso que fosse me despedir de mamãe que a vontade do
Senhor estava prevalecendo sobre a minha vontade juvenil.



Confesso que nunca entendi por que o Senhor decidiu levar
mamãe tão cedo; não entendi por que Ele “roubou-me” a alegria de vê-la na minha
formatura na Primeira Igreja Batista de São Paulo, na minha ordenação para o
sagrado ministério; no dia do meu casamento e quando os meus filhos nasceram.
Gostaria de ver o sorrido dela ao ver-me pastoreando a igreja em São Bento do
Una ou comprando o terreno onde construí a minha primeira casa. Mesmo assim,
também confesso que estes questionamentos não me tornaram amargo nem me fizeram
duvidar que o Senhor sabe o que está fazendo mesmo quando eu gostaria, na minha
ignorância, que Ele tivesse feito diferente da minha infantil expectativa.



Não sei quantos dos seus sonhos desmoronaram, não sei
quantos projetos ruíram, não sei quantas decepções fazem parte do seu currículo,
mas sei que, independentemente, do tipo de dor que você esteja experimentando, vale
a pena buscar a Deus e lançar sobre Ele a sua dor, afinal, Ele é especialista
em consolar o nosso coração e renovar o ânimo em nossa alma.



Pr. Calvino Rocha


Autor: IGREJA PRESBITERIANA DE CAMPINA GRANDE   |   Visualizações: 11 pessoas
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