MORRER PELA VERDADE

Categoria: Artigos
Data: 12/11/2023
Aquele homem se recusou a fingir que nada estava acontecendo e porque agiu assim ele foi preso no dia 5 de abril de 1943, o seu nome era Dietrich Bonhoeffer, um pastor que viveu na Alemanha Nazista e que ao ver as atrocidades patrocinadas pelo regime de Adolf Hitler não se calou.

Por causa da sua atitude frente aos nazistas, Bonhoeffer foi preso e permaneceu detido por dois anos. No domingo de Páscoa, 8 de abril de 1945, ele pregou o seu último sermão na prisão. Foi um simples culto de
adoração, composto de um texto bíblico: “Pelas suas pisaduras fomos sarados”, de uma oração e de lágrimas. Logo depois a porta da sua cela foi aberta e ele foi chamado pelo guarda.

O pastor Bonhoeffer se despediu rapidamente dos outros prisioneiros, para quem, durante aqueles dois anos, testemunhara da graça salvadora e fora o seu pastor. Aqueles homens choravam, mas Bonhoeffer puxou um deles para perto de si e sussurrou em seu ouvido: “Este é o fim, mas para mim é o início da vida”.

No amanhecer cinzento da manhã seguinte, no campo de concentração de Flossenburg, o amado Dietrich Bonhoef fer foi enforcado por ordem especial de Heinrich Himmler. Surpreendentemente, a morte daquele pastor, aconteceu alguns dias antes que as forças aliadas chegassem e libertassem os prisioneiros daquele campo de concentração. Diante de uma informação como esta, alguns levantam a seguinte pergunta: “Por que Deus permitiu tamanha tragédia?”. Ao ouvir essa pergunta, um querido autor respondeu: “Talvez a morte de Bonhoeffer tenha ocorrido mais para ressaltar sua memória do que uma vida longa ressaltaria”.

Confesso que não sei a resposta para a pergunta acima, entendo apenas que Deus, sendo Soberano, permite que algumas coisas aconteçam segundo o seu propósito e que, mesmo sem entender as coisas, sei que a vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável, portanto, cabe-me confiar no Senhor. Mesmo sem entender por que Bonhoeffer morreu tão cedo, ainda assim, sei que a sua vida deve fazer-nos refletir sobre o nosso compromisso com o Reino de Deus: "Até que ponto arriscaríamos a nossa segurança pela verdade?", "Até que ponto arriscaríamos a nossa vida por causa do nome de Jesus?".

Pr. Calvino Rocha

Autor: IGREJA PRESBITERIANA DE CAMPINA GRANDE   |   Visualizações: 29 pessoas
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