Categoria: Artigos
Data: 09/04/2023
Quero convidá-lo a celebrar a Páscoa voltando a sua atenção para os detalhes registrados por Mateus (Mt 26.26-30) que revelam como Jesus celebrou aquela que seria a sua última Páscoa ao lado dos discípulos. A Páscoa era a primeira festa do calendário judaico, celebrada todo ano, no dia 14 do primeiro mês, o mês de Nisã, era o período quando a família se reunia para lembrar a libertação do Egito conforme a orientação divina (Êx 12). A celebração da Páscoa mudava a cara da cidade de Jerusalém. Nos dias de Jesus a Cidade Santa possuía uma população de aproximadamente 30 mil pessoas que aumentava consideravelmente durante a Páscoa, chegando, segundo John MacArthur, a meio milhão de pessoas.
Lendo o evangelho de Mateus, descobrimos que o Senhor Jesus decidiu celebrar a Páscoa com os seus discípulos e enquanto estavam reunidos no cenáculo, ele tomou o pão, deu graças, o partiu e deu aos discípulos dizendo que o pão representava o seu corpo, além disso, ele tomou o cálice e tendo dado graças, o deu aos discípulos dizendo que era o seu sangue derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. É interessante perceber também que o Senhor celebrou aquela Páscoa, ao lado dos seus discípulos, com os olhos no futuro, veja o que ele disse: “Não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo convosco no reino de meu Pai” - (Mt 26.29).
Eu sei que aqueles que estão habituados com a narrativa da Páscoa conhecem os detalhes envolvendo aquela celebração no cenáculo, mas, Mateus é o único que registra um detalhe precioso, ele diz que Jesus encerrou a celebração cantando um hino. Afinal, que hino Jesus cantou naquele dia? Os estudiosos acreditam que Jesus cantou versículos selecionados do Hallel, palavra que significa louvor e que é a raiz da palavra “Aleluia”, ou seja, ele cantou versículos dos Salmos 113 a 118, salmos que carregam a marca da esperança, portanto, conquanto estivesse caminhando em direção à cruz e sabendo o que ela significava, o Senhor cantou um hino mostrando para os seus discípulos que a morte não tem a palavra final, até porque ao terceiro dia ele iria ressuscitar dos mortos. Quero convidá-lo a celebrar a Páscoa com um hino nos lábios e no coração, afinal, a Páscoa não fala sobre a morte, mas sobre a vida que temos em Cristo Jesus o nosso Senhor que foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação - (Rm 4.25).
Pr. Calvino Rocha