Categoria: Artigos
Data: 17/09/2023

Nos últimos dias os
noticiários foram tomados por tragédias naturais, ou seja, ouvimos do ciclone
que atingiu o Rio Grande do Sul vitimando muitas pessoas e provocando uma
grande destruição em, pelo menos, 100 municípios. No entanto, o ciclone no sul
do Brasil foi muito pequeno diante do terremoto que atingiu o Marrocos com uma
magnitude de 6.8 graus na escala Richter, impacto equivalente a 32 bombas
atômicas, vitimando mais de 2.800 pessoas e destruindo muitas cidades. Mas a
tragédia no Marrocos se tornou menor do que o que aconteceu na Líbia onde uma
enchente causada por uma tempestade destruiu duas barragens e cidades inteiras,
matando milhares de pessoas e deixando, pelo menos, 10 mil desaparecidos.



Estava sentado em casa, com um
copo de refrigerante na mão, quando a reportagem sobre a tragédia na Líbia
estava sendo veiculada, mostrando casas destruídas e corpos espalhados pelas
ruas de uma cidade daquele país. Confesso que me senti constrangido porque
percebi que, infelizmente, é muito comum olhar para a tragédia do outro com
algum grau de indiferença, afinal, ela não tem qualquer relação conosco que
estamos no conforto das nossas casas.



Não sei qual o propósito de Deus
ao permitir que coisas terríveis, como as narradas acima, atinjam a humanidade,
mas sei qual era o propósito do Senhor ao destruir as cidades de Sodoma e
Gomorra nos dias de Abraão e, por isso mesmo, lendo Gênesis fico fascinado com
o zelo do velho patriarca que, ao tomar ciência de que o juízo divino viria
sobre aquelas cidades imorais, decidiu interceder. O texto bíblico diz que
quando os homens enviados pelo Senhor deixaram Abraão, ele decidiu orar pela
cidade de Sodoma insistindo com Deus e pedindo que o Senhor poupasse aquela
cidade para que o justo não morresse com o ímpio - (Gn 18.22-33).



Enquanto me lembrava do que
aconteceu no Rio Grande do Sul, no Marrocos e na Líbia e vi como Abraão reagiu
diante da iminente destruição de Sodoma, percebi que não podemos ver a tragédia
do outro com indiferença, antes, precisamos aprender com o velho patriarca a colocar
os joelhos no chão suplicando a graça de Deus sobre a vida do outro, que o
Senhor nos ajude a vivermos desta maneira para a sua glória.



Pr.
Calvino Rocha


Autor: Igreja Presbiteriana de Campina Grande   |   Visualizações: 22 pessoas
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